quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O que sou



Sou a cepa do teu vinho
O sumo do teu amor
Sou do teu lençol o linho
A brasa que dá calor


Sou a fonte onde à tardinha
Vais por caminhos sem fim
Para encher a cantarinha
Com perfumes de alecrim


Sou a arca dos teus sonhos
Sou sol que a ti te cresta
Quando nos dias risonhos
Te vejo bailar a festa


Sou o riacho que corre
A saltar as penedias
Sou o querer que não morre
Para te dar alegrias


Sou o vinho e sou o mel
P'ra adoçar a tua boca
E nunca serei o fel
Por te amar de forma louca


Sou filho de abegão
O meu pai é arraino
dentro do meu coraçao
trago o povo Alentejano.


João Mira

1 comentário:

  1. pois seja bem vindo!
    e eu ando por aqui
    www.intervalos.blogspot.com
    e aqui
    www.tristeabsurda.com

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